Disciplina: Metodologia da Pesquisa Científica
Professor: Gil César Costa de Paula
Mestranda: Angela Acosta Giovanini de Moura
Resumo do texto: A ordem do Discurso. FOUCAULT, Michel.
Focault critica a produção do
discurso na sociedade, pois a verdade é sempre excluída ante o controle que se
exerce sobre o que deve ser dito. Assim, o autor sustenta que há nítida ligação
entre a visão do que é a verdade e o poder. Este sempre usado para controlar o
discurso, objetivando o controle da própria sociedade, uma vez que a absorção
das ideias sem qualquer questionamento por parte das pessoas a quem o discurso
é dirigido anula a vontade e o desejo do homem.
Neste contexto, o saber se
apresenta como verdadeira ameaça aos males causados pelo discurso, podendo
desafiar a dominação do poder opressor, embora a verdade seja aquela produzida
no discurso que a sociedade acolhe, aprova e faz funcionar como verdadeiro,
pois é o que efetivamente interessa ao poder dominante.
Focault assevera que outro
elemento do poder está na submissão às regras que constituem a formação do
discurso, já que os homens se tornam disciplinado através das ideias e valores
veiculados no discurso, cuja linguagem acaba ditando ao homem o papel que deve
desempenhar na sociedade.
Ressalta a importância de revisão
dos métodos educacionais, pois o discurso integra sua atividade diária,
formando consciências através da palavra, do falar, impondo-se muita atenção as
atividades empreendidas nas instituições educacionais, questionando a verdade
existente nos discursos por elas cultivados e o poder que exercem sobre as
pessoas.
O autor em sua abordagem
apresenta meios de controle do discurso que agem internamente, destacando que a
disciplina exerce seu controle na produção dos discursos por meio da imposição
de limites e de regras. Isso fica mais claro quando Foucault esclarece que para
que um discurso componha uma disciplina, ele precisa está no plano da verdade,
precisa ter validade.
Focault discute as condições para
que os indivíduos possam formular seus discursos. Aponta o ritual que determina
a qualificação que os sujeitos que falam devem ter, define o comportamento, as
circunstâncias, como também a eficácia desse discurso e o efeito desse discurso
sobre aqueles a quem é dirigido. Assim, numa perspectiva critica analisa os
procedimentos de limitação dos discursos, destacando-se o princípio do autor, o
do comentário e o da disciplina.
Quanto ao aspecto genealógico,
referente à formação efetiva dos discursos, a crítica analisa os processos de
rarefação, reagrupamento e unificação dos discursos.
Conclui, por fim, que as
descrições críticas e as descrições genealógicas devem alternar-se, apoiando-se
umas nas outras a fim de se complementarem. A parte crítica da análise procura
detectar e destacar os princípios de ordenamento, exclusão e rarefação do
discurso. A parte genealógica da análise se detém na formação efetiva do
discurso, procurando apreendê-lo em seu poder de afirmação.
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