sábado, 23 de abril de 2011

Resumo texto " A ordem do discurso"

Disciplina: Metodologia da Pesquisa Científica
Professor: Gil César Costa de Paula
Mestranda: Angela Acosta Giovanini de Moura
Resumo do texto: A ordem do Discurso. FOUCAULT, Michel.






Focault critica a produção do discurso na sociedade, pois a verdade é sempre excluída ante o controle que se exerce sobre o que deve ser dito. Assim, o autor sustenta que há nítida ligação entre a visão do que é a verdade e o poder. Este sempre usado para controlar o discurso, objetivando o controle da própria sociedade, uma vez que a absorção das ideias sem qualquer questionamento por parte das pessoas a quem o discurso é dirigido anula a vontade e o desejo do homem.
Neste contexto, o saber se apresenta como verdadeira ameaça aos males causados pelo discurso, podendo desafiar a dominação do poder opressor, embora a verdade seja aquela produzida no discurso que a sociedade acolhe, aprova e faz funcionar como verdadeiro, pois é o que efetivamente interessa ao poder dominante.
Focault assevera que outro elemento do poder está na submissão às regras que constituem a formação do discurso, já que os homens se tornam disciplinado através das ideias e valores veiculados no discurso, cuja linguagem acaba ditando ao homem o papel que deve desempenhar na sociedade.
Ressalta a importância de revisão dos métodos educacionais, pois o discurso integra sua atividade diária, formando consciências através da palavra, do falar, impondo-se muita atenção as atividades empreendidas nas instituições educacionais, questionando a verdade existente nos discursos por elas cultivados e o poder que exercem sobre as pessoas.
O autor em sua abordagem apresenta meios de controle do discurso que agem internamente, destacando que a disciplina exerce seu controle na produção dos discursos por meio da imposição de limites e de regras. Isso fica mais claro quando Foucault esclarece que para que um discurso componha uma disciplina, ele precisa está no plano da verdade, precisa ter validade.
Focault discute as condições para que os indivíduos possam formular seus discursos. Aponta o ritual que determina a qualificação que os sujeitos que falam devem ter, define o comportamento, as circunstâncias, como também a eficácia desse discurso e o efeito desse discurso sobre aqueles a quem é dirigido. Assim, numa perspectiva critica analisa os procedimentos de limitação dos discursos, destacando-se o princípio do autor, o do comentário e o da disciplina.
Quanto ao aspecto genealógico, referente à formação efetiva dos discursos, a crítica analisa os processos de rarefação, reagrupamento e unificação dos discursos.
Conclui, por fim, que as descrições críticas e as descrições genealógicas devem alternar-se, apoiando-se umas nas outras a fim de se complementarem. A parte crítica da análise procura detectar e destacar os princípios de ordenamento, exclusão e rarefação do discurso. A parte genealógica da análise se detém na formação efetiva do discurso, procurando apreendê-lo em seu poder de afirmação.



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